19.9.24

Desabafo de Setembro Amarelo - 2024

Pelo menos UMA vez no ano eu tenho voz (setembro amarelo) e eu só queria... tanto, mas TANTO que esses imbecis parassem de fazer piadinhas preconceituosas contra usuários de terapias, tratamentos psiquiátricos/psicológicos com ou sem remédios, usuários de serviços de CAPS; pq procurar estar e se sentir melhor consigo mesmo e com a vida é infinitamente melhor (e mais útil para o mundo) do que ser um mau caráter ou com desvios de conduta que só incomodam a sociedade num todo..... meu sonho de princesa Disney era só que existissem menos fdp no mundo, a paz mundial já estaria a dois passos.... krl hein fico upset com tanta coisa que vejo/leio que dá vontade de apelar ao estilo Datena de debates pqp

28.4.24

Reflexões sobre o Tempo

A Persistência da Memória - Salvador Dalí


"O tempo torna-se tempo humano na medida em que está articulado de modo narrativo e a narrativa alcança sua significação plena quando se torna uma condição de existência temporal."
Paul Ricoeur



Existe um tempo: o tempo Cronos, o tempo do relógio. E ele está passando. Se está passando rápido ou devagar, é uma atribuição humana, quando este dá sentido ao tempo.
O ser humano se relaciona com o tempo quando faz o exercício de narrar. O ser humano é um ser temporal.
Quando eu manifesto que "essa aula está demorando a passar", estou dando sentido ao tempo. Estou narrando uma série de expectativas, impressões e projeções.
O tempo é tempo. O ser humano toma consciência do tempo e de si, no exercício de narrar.
Nos enxergamos enquanto seres temporais, dando sentido à vida.









Como você tem passado 'seu' tempo?


Como vocÊ vai contar a sua historia?

12.6.23

Palavras que devem ser evitadas dentro de casa




Seguem aqui as principais palavras que devem ser evitadas a todo custo dentro de casa:⠀⠀

1- Desgraça > Condensa escuridão, quebranto e ausência do Divino.⠀

2- Merda > Chama a podridão, a sujidade e adversidades.⠀

3- Filho da p* > Evoca ódios e desavenças familiares.⠀

4- Maldito > Lança pragas e corporifica maldições.⠀

5- Burro/Idiota > Devem ser evitadas principalmente com crianças e filhos.⠀

6- Miserável > Desenha a falta, indigência, pobreza e penúria.⠀

7- Danado > Em sua base significa condenado, sofredor e perambulante, maldito, malévolo, mau, ruim. chamar alguém de “danado” é amaldiçoar pessoa, por que danado significa “condenado ao inferno”.

8- Moleque > Era um demônio da antiga Mesopotâmia, cujo nome original era Moloque, ao qual eram feitos sacrifícios de crianças. Na África, seu nome foi mudado para moleque, e assim veio para o Brasil. 

"Sejamos senhores de nossa língua, para não sermos escravos de nossas palavras." A biblia nos instrui que o povo de Deus padece por falta de conhecimento.⠀

Eis ai um conhecimento que precisamos compartilhar para que as pessoas não profetizem maldições, a si mesmo e aos outros. Paz!⠀

É EM CASA que as crianças devem aprender a dizer:⠀

01 - Te Amo⠀
02 - Bom Dia⠀
03 - Boa Tarde⠀
04 - Boa Noite⠀
05 - Por Favor⠀
06 - Com Licença⠀
07 - Me Perdoe⠀
08 - Muito Obrigado⠀
09 - Grato⠀
10 - Errei⠀

É EM CASA que também se aprende:⠀

01 - Ser honesto⠀
02 - Ser pontual⠀
03 - Não xingar⠀
04 - Ser solidário⠀
05 - Respeitar a todos: amigos, colegas, idosos, professores, autoridades⠀
06 - Ser humilde⠀

Também EM CASA é que se aprende:⠀

01 - A comer de tudo⠀
02 - A não falar de boca cheia⠀
03 - A ter higiene pessoal⠀
04 - A não jogar o lixo no chão⠀
05 - Ajudar os pais nas tarefas diárias⠀
06 - A não pegar o que não é seu⠀

Ainda EM CASA é que se aprende:⠀

01 - A ser organizado⠀
02 - A cuidar das suas coisas⠀
03 - Não mexer nas coisas dos outros⠀
04 - Respeitar regras, usos e costumes⠀
05 - Amar a Deus.

6.4.23

[POESIA] EU, ETIQUETA - CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-lo por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer, principalmente.)
E nisto me comprazo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender
Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar,
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo de outros
Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mar artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome noco é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente.

Carlos Drummond de Andrade




ANÁLISE DO POEMA “EU ETIQUETA” DE CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE, SOBRE A ÓTICA DO CONSUMO NA SOCIEDADE DA PROPAGANDA.

Autores: Janicleide de Freitas Diógenes[1], Suzane de Silva de Oliveira [2] (Co-autor), Maria José Paes da Silva [3] (Co-autor), Marcilia Luzia Gomes da Costa Mendes [4] (Orientador)


O consumo em “Eu Etiqueta” poema de Carlos Drummond de Andrade, pressupõe relação de comportamento, bem como fabricação da identidade mediante a exibição de mercadorias, onde o meios de produção levam os trabalhadores a perderam a sua capacidade de escolha, tornando-se divulgadores de marcas, através da cultura de consumo que reflete uma recriação da identidade por meio da moda que conta com o auxílio da publicidade para se fazer valorizada. 
As marcas são consumidas como símbolos de status e para demarcar relações sociais. A construção de super produção de signos e a reprodução de imagens ocasionadas pela mídia e a publicidade na cultura pós-moderna tem gerado a idéia do ter e não do ser, construindo uma sociedade baseada em estereótipos criados pelo consumo de produtos. 
Drummond relata que a moda é responsável por fazer seus consumidores deixarem seus gostos pessoais de lado “É doce estar na moda, ainda que a moda seja negar minha identidade”. 
A análise do poema de Drummond, evidencia a forma como o consumidor se relaciona com o produto, transmitindo através do seu conteúdo a mensagem de que somos verdadeiras vitrines e uma extensão de identidades fabricadas para atender a sociedade de consumo.

Palavras-chave: consumo, identidade, marcas, cultura, moda.

1. Aluno de graduação de Comunicação Social (Habilitação em Publicidade e Propaganda) do Campus Universitário Central
2. Aluno de graduação de Comunicação Social (Habilitação em Radialismo) do Campus Universitário Central
3. Aluno de graduação de Comunicação Social (Habilitação em Publicidade e Propaganda) do Campus Universitário Central
4. Professora do Departamento de Comunicação Social - FAFIC


Fonte: XVI ENCONTRO DE PESQUISA E EXTENSÃO - XVI ENCOPE/UERN – Mossoró - 14 a 16 de abril de 2010 [link]

19.11.21

Uma história de amor verdadeiro

Olá pessoal 💝

Eu estava concluindo a leitura do livro Casamento Blindado, para uma resenha no Blog Namorada Nerd, quando esta história me chamou a atenção e resolvi compartilhar com vocês.

O trecho tem o título: Dezenove anos em coma



 

"Desde que eu soube deste caso, nunca o esqueci. Para mim, é um dos melhores exemplos do que é o amor verdadeiro, o amor-sacrifício." Renato Cardoso, no livro Casamento Blindado.

Jan Grzebski era um ferroviário polonês. Em 1988 ele sofreu um forte golpe na cabeça enquanto tentava engatar dois vagões de trem e entrou em coma. Jan foi desenganado pelos médicos, que também encontram um câncer em seu cérebro. Segundo eles, a recuperação era impossível, e ele não sobreviveria. Gertruda Grzebska, esposa de Jan, ignorou aquela palavra derrotista e decidiu levá-lo para casa e cuidar dele sozinha. 

Jan não falava, não andava, não se comunicava de maneira alguma, nem interagia. Todo o relacionamento que tiveram não existia mais, o marido forte com quem convivia há tantos anos era agora um bebê totalmente dependente de seus cuidados. Ela terminou de criar sozinha os filhos, enquanto se esforçava para manter vivo o marido, que era capaz apenas dos movimentos mais básicos, como respirar, engolir, abrir e fechar os olhos. Ainda assim ela se revoltava quando alguém sugeria eutanásia (com a desculpa de “interromper o sofrimento”), pois acreditava que o certo era dar a ele a chance de se recuperar. Todos os dias, Gertruda falava com o esposo como se ele pudesse ouvir, cuidava para que ele não ficasse muito tempo na mesma posição na cama, virando seu corpo para evitar as temidas úlceras de pressão, comuns em pessoas acamadas, que podem levar à morte por infecção. Os filhos foram crescendo, se casaram, e lhes deram netos. Gertruda levava o marido para todas as principais festas da família, como se ele pudesse participar delas.
 
A incansável Gertruda teve sua recompensa em 2007. Após dezenove anos em coma, Jan finalmente despertou, aos 65 anos. Os médicos creditaram a recuperação dele à esposa, que optou pelo caminho mais árduo. Jan estava ainda mais ligado a ela, pois se lembrava de que Gertruda esteve ao seu lado quando ele mais precisava. Ela fez o que era certo e melhor para ele, abrindo mão de sua própria vida para cuidar do marido, sem cobrar nada dele por isso. Acreditou, quando nem os médicos acreditaram, esperou, perseverou... e foi recompensada. 

Durante o coma, Gertruda descrevia o esposo como “um cadáver vivo”, mesmo assim permaneceu ao seu lado. Não houve sentimento no que ela fez, nem romance, foi puro sacrifício, o verdadeiro amor — mas você consegue pensar em uma atitude mais romântica? Nenhuma história de amor é mais bonita do que as que envolvem o amor sacrificial. Gertruda recebeu uma merecida medalha de honra ao mérito do presidente polonês, por sua dedicação e sacrifício, tamanha a raridade desse tipo de amor nos dias atuais. 

Diante da realidade que Gertruda viveu por dezenove anos, as perguntas são inevitáveis: o que você teria feito no lugar dela? E o que são os problemas que você tem enfrentado no seu casamento? Como desistir de seu cônjuge? 

Somente o amor-sacrifício é capaz de vencer tudo. É o amor caro, genuíno. Cuidado com imitações baratas.

PS: Na realidade, ele permaneceu em coma por quatro anos mas só se recuperou completamente 19 anos depois. Fonte: Wikipedia

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